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O ESPÍRITO SANTO NA VIDA CRISTÃ HOJE (2Tm 2.1-26; Jd 16-21)

Introdução

 

A mensagem do nosso texto áureo, diz: “Foge dos desejos carnais da mocidade. Segue a justiça, a fé, o amor e a paz com os que, de coração puro, invocam o Senhor”.    II Tm 2.22.

 

Estou persuadido de que essa recomendação do grande apóstolo Paulo, registrada no primeiro século, permanece atual e sempre permanecerá.

 

O Espírito Santo ainda prioriza a nossa santidade. Não teremos nenhuma dificuldade para encontrar na Bíblia preceitos preciosos que nos orientam com precisão, sobre como viver a vida cristã, hoje. A Bíblia é livro que aponta para nosso viver na eternidade e nos ensina agora a viver a vida que, necessariamente, teremos que viver lá.

 

O desafio de vivermos a vida cristã no mundo de hoje, é o mesmo registrado em Filipenses 2.15: “que sejais irrepreensíveis e sinceros, filhos de Deus inculpáveis no meio de uma geração pervertida e corrupta, no meio da qual resplandeceis como luzeiros no mundo...”.

 

O Espírito Santo interage em nossa adoração. Tanto na adoração pessoal como na coletiva, com a igreja, o Espírito Santo interage aplicando a palavra de Deus às nossas vidas. Interage revelando a verdade de Deus e apontando o que espera que façamos, em resposta. O texto bíblico diz: “Não apagueis o Espírito”. (I Tess 5.19).

 

Toda vez que o Espírito Santo fala o que quer que façamos e não fazemos, nós estamos apagando o Espírito de nossas vidas.

 

Não tenho dúvidas de que o Espírito Santo está interessado em desenvolver a nossa sensibilidade espiritual para ouvir e obedecer sua voz. O apóstolo Paulo disse à igreja de Roma que o Espírito Santo intercede por nós com gemidos inexprimíveis. (Rm 8.26).

 

Nosso texto bíblico de I Timóteo nos dá uma visão ampla da vida difícil que vivia a igreja na cidade de Éfeso.

 

A igreja havia sido organizada por Áquila e Priscila e teve como primeiro pastor o próprio apóstolo Paulo, que a pastoreou por três anos. Nesse início de vida a igreja tinha um excelente conceito com Jesus: “Conheço as tuas obras, tanto o teu labor como a tua perseverança, e que não podes suportar homens maus, e que puseste à prova os que a si mesmos se declaram apóstolos e não são e os achaste mentirosos; e tens perseverança, e suportaste provas por causa do meu nome e não te deixaste esmorecer”. Apc 2.2-3

 

Já no verso quatro, Jesus declara que a igreja havia deixado seu primeiro amor. Essa declaração vem acompanhada de uma exortação cobrando retorno ao primeiro amor e ameaçando a igreja de extinção, caso não retorne ao primeiro amor.

 

O próprio apóstolo Paulo, na condição de ex-pastor, escreve na carta Aos Efésios diversas exortações querendo ajudar a igreja nesse retorno.

 

Está, pois, demonstrado que o Espírito Santo que quis ver sua igreja vivendo a experiência do primeiro amor, ainda o quer, hoje. Ele e só Ele é poderoso para devolver a alegria da salvação e do serviço cristão que são marcas distintivas de quem vive o primeiro amor.

 

Na igreja de Éfeso, o jovem pastor Timóteo que sucedeu o apóstolo Paulo no pastorado, já tinha o desafio de ajudar a igreja no seu retorno ao primeiro amor. Nos versos 01 e 02 do capítulo 2 Paulo entende que esse retorno tem que começar com o pastor da igreja e recomenda: “Fortifica-te na graça que está em Cristo Jesus”. A ideia é: fortifica-te para que possas fortalecer a igreja.

 

Então fica claro que na vida cristã hoje, o Espírito Santo quer pastores, crentes, igrejas fortes na graça de Cristo. Para isso precisamos aprender tudo sobre Jesus. Ele nos convida a isso, dizendo: Vinde a mim e aprendei de mim. (Mt 11.28-29).  Nunca, em tempo algum, nem mesmo hoje, ninguém consegue fazer isso sem a bendita intervenção do Espírito Santo.

 

O foco está nos desafios da vida cristã. Há dificuldades e até sofrimentos. A vida cristã não nos convida a um “paraíso” na terra. Não era assim no  tempo de Timóteo e não é assim hoje. Mensagem semelhante foi enviada à igreja na cidade de Filipos: “A vós, vos foi concedido em relação a Cristo, não somente o crer nele, mas também padecer por Ele”. Filp. 1.29

 

Esse verbo seleciona tudo aquilo em que devo participar e alerta sobre tudo o que não devo participar. A expressão usada no verso 04 é “negócios desta vida”. Esta expressão aplicada a Timóteo, quer dizer, você é pastor, então se ocupe do trabalho pastoral e não com atividades desta vida. Claro que isto vale para todos os pastores em todos os tempos. No caso do crente que não é pastor, a mensagem quer dizer que não deve se envolver com tudo aquilo, que não pode aproximá-lo do modelo de vida, que está em Cristo.

 

No verso 07, o verbo é “ponderar”. Aqui, o crente é desafiado a recorrer à luz de Deus que há em sua vida com a intenção de se certificar do que deve fazer como crente. Também hoje, o crente precisa estar seguro de estar vivendo rigorosamente no padrão de Cristo. Faz ou deixa de fazer com segurança de que é assim que Deus quer.

 

Nos versos 08-13, o verbo é “lembrar”.  O crente precisa estar unido com seus motivos. Paulo apresenta dois grandes motivos. O primeiro é Cristo ressuscitado e o segundo é o povo de Deus por quem ele declara que tudo suporta. No texto, Cristo é apresentado como garantia e também como recompensa. “Se morremos com Ele, com ele viveremos; Se perseveramos com Ele, também com Ele reinaremos”.

 

Os versos  14 e 25 trazem os únicos dois verbos, com ação de ministração em favor dos outros. São os verbos recomendar e disciplinar. No primeiro verbo, está dizendo: Tudo isto que eu recomendo para você, recomenda, também, a todos. Já o verbo disciplinar, indica zelo pelos irmãos que fracassam no viver cristão autêntico. O objetivo da disciplina, como em toda a Bíblia, é o arrependimento para o retorno à sensatez.

 

No verso 15, dois verbos se completam. São o verbo procurar e o apresentar. Assim: “Procura apresentar-te”. “A ideia é que no fim de tudo a única coisa que interessa é a aprovação de Deus, então o verbo “procurar” tem o sentido de “faça alguma coisa”, dê o seu jeito”, mas não aceite nada na vida, que te impeça de ser aprovado por Deus. Aqui há uma conclusão importante: O que pode nos envergonhar diante de Deus e causar nossa reprovação é a incompetência do manejo da Palavra de Deus. A razão é que Deus já revelou tudo que precisamos para aprendermos e praticarmos e sermos aprovados. Portanto, não se justifica reprovação.

 

Nos versos 16-20 os verbos são “evitar” e “afastar”.   O verbo evitar está indicando que o crente que vive pelo Espírito deve evitar toda conversação que não edifica, mesmo sobre questões religiosas. O verbo afastar anuncia que o crente deve estar longe de toda sorte de injustiça.

 

No verso 21, o verbo “purificar” se refere ao inteiro teor da mensagem dos versos 16-20. Está no texto, para dizer que essa purificação, é necessária para que o crente seja “vaso para honra, santificado e útil, e preparado para toda boa obra”.

 

Por último, temos nos versos 23 e 24 o verbo “repelir”. A recomendação é que o crente rejeite debates polêmicos e absurdos. São debates onde cada um é dono da verdade e não levam a lugar algum. “O servo do Senhor não convém contender e sim ser brando para com todos apto, para instruir e paciente”.

 

“Foste criado por Deus e para Deus, e até que entenda isso, tua vida não terá nenhum sentido”. Rick Warren

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