Salmos 59-61, 63, 64, 70, 71, 73, 74, 77, 79, 80, 83, 85, 86, 88, 90, 94, 102, 109, 120, 122, 123, 125, 127, 129, 130, 139-143. Examinaremos hoje o último grupo de salmos de “Lamentação ou de Imprecação”, que também é a última lição desta série. Rogamos ao nosso Deus que as meditações de hoje, tanto quanto as que realizamos nas lições anteriores, nos sirvam como ferramentas espirituais em nossa batalha diária pela fé. Que as ricas experiências do povo de Deus, tanto as de Israel como as da Igreja, tanto as de nossa família como as nossas, pessoais, nos induzam a uma confiança inabalável no Senhor e à perseverança na adoração, louvor e exaltação do seu bendito nome. As lamentações registradas no salmo 59 chamam a nossa atenção para o fato de que os justos, os filhos de Deus têm seus perseguidores naturais que são os ímpios e os iníquos. São grupos que vivem em situações e circunstâncias diferentes; os primeiros são filhos da luz, andam na luz, refletem a luz. Os demais são filhos das trevas, vivem nas trevas e se comprazem na iniqüidade. São inimigos de Deus e filhos do Diabo e estão, enquanto assim permanecerem, a serviço do inimigo de Deus. Nada mais natural, portanto que o crente, os justos, sejam alvo do ódio mortal daqueles que não temem a Deus. Lobos perseguindo ovelhas. Tal perseguição, portanto não tem relação com a transgressão e a culpa. Perseguem e dizem; Quem vê? Quem ouve? Nessas circunstâncias o salmista reafirma sua confiança em Deus: Deus é meu refúgio, esperarei n’Ele. O Senhor tem sido para mim uma fortaleza, um refúgio no dia da angústia. Jesus nos advertiu: no mundo tereis aflições, e, a seguir nos exortou a ter bom ânimo, pois Ele mesmo havia vencido o mundo, e essa é a nossa confiança. No salmo 60 encontramos uma advertência essencial para nossa vida: “Vão é o socorro do homem”. Quando nossos adversários se levantam contra nós, em nada nos ajuda confiar em recursos humanos, por mais bem intencionados que sejam. Nossas instituições, nossos líderes, nossos planos podem nos encorajar na luta, mas o socorro, a solução, a vitória, vem apenas do Senhor. N’Ele faremos proezas; porque é Ele quem calcará aos pés os nossos inimigos. As constantes lutas espirituais da nossa guerra, (e sabemos que não lutamos contra a carne e o sangue, isto é, nosso inimigo, aquele que nos quer destruir é o próprio inimigo de Deus, o Diabo;) essas lutas às vezes nos deixam como que esgotados e o nosso coração se abate. O próprio Rei-salmista, indagou; Oh minh’alma! Porque estás abatida em mim? Em outro lugar diz o salmista: em qualquer tempo que eu temer, eu confiarei em Deus. É em Deus, portanto que o Rei procura salvação: “ Leva-me, ó Deus, para a Rocha que é mais alta que eu. Tu és meu refúgio, torre forte contra o inimigo, és meu esconderijo, pois posso me abrigar debaixo de tuas asas.” Como nós, o Rei salmista apresentou votos a Deus, caso fosse socorrido, de adorá-lo e servi-lo perpetuamente. Ele pede prolongamento de dias. Que seus anos sejam como muitas gerações. A motivação do pedido é aquela que agrada a Deus; Estarei em adoração diante do teu trono para sempre, e cantarei louvores perpetuamente. Este mundo em que vivemos é terra seca, cansada, amaldiçoada. Não há água nem alimento para nossa alma. O salmista busca a Deus com ansiedade, pois sua alma tem sede de Deus. Volver os olhos para o santuário de Deus em santa contemplação é o único recurso disponível. Diante de Deus nossa alma se farta de bens, e pode ver a sua glória e poder. Sua benignidade é melhor que a vida. Quando assim procedemos, Deus mesmo coloca em nossa boca os seus alegres cânticos e exultamos diante da sua santa presença. Finalmente, o salmo 71 nos mostra que mesmo esta vida que temos no momento, vivida em terra árida e sem esperança, é abençoada e frutífera quando a vivemos na confiança em Deus. Assim se expressa o salmista: Em ti tenho me apoiado desde que nasci. Tu és aquele que me tiraste das entranhas da minha mãe. Tu és a minha confiança desde a minha juventude. Ensinaste-me Ó Deus, desde a minha mocidade. Na sua idade avançada, o Rei continua confiando e diz: Esperarei continuamente e te louvarei cada vez mais. Nosso inimigo não se apieda de nós por causa da nossa velhice. Antes, diz o salmista; meus inimigos espreitam a minha vida. Por isso o poeta clama a Deus; “Não me rejeites no tempo da velhice; não me desampares quando se forem acabando as minhas forças”. Nossos inimigos desprezam nossa confiança e dizem: Deus o desamparou, persegui-o, prendei-o, pois não há quem o livre. Sob tal ataque, nossos lábios exultam em louvor, pois a nossa alma já foi remida. Estamos firmes na Rocha que é mais alta que nós. Que Deus nos abençoe. Em nome de Jesus. Amém.
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