Salmos 33, 50, 68, 81, 132 e 145
Estudaremos alguns salmos de Culto e Louvor, procurando extrair deles ensinamentos para a nossa vida cristã. São eles os salmos 33, 50, 68, 81, 108 e 132.
Iniciemos pelo salmo 33. Nos versos 4, 9, 18 e 21 o salmista enumera quatro motivos para nosso culto e louvor a Deus; Sua palavra e proceder se completam perfeitamente. O que Ele diz o cumpre. Ele é fiel. Deus é o criador e sustentador do universo.
Tudo está sujeito ao seu grande poder, mas mesmo assim Ele se lembra de nós para nos guardar e abençoar. O terceiro motivo é porque o Senhor guarda os que o temem. Deus tem prazer em nós os justificados pela sua graça em Cristo Jesus. O quarto motivo é o coroamento de todos os motivos: Por tudo que Deus é e faz, Ele se tornou nossa Alegria e Confiança.
O salmo cinqüenta apresenta o que é a essência do culto. São cultuantes e Adoradores aqueles que com Deus fizeram aliança. Ao aceitarmos sua salvação em Cristo, fizemos votos e devemos cumpri-los, oferecendo-lhe sacrifícios de ações de graça, em espírito e em verdade. O verso 8 nos adverte que o essencial do louvor e do culto que prestamos não é o que fazemos, mas a sinceridade do coração. Esta idéia é completada no verso 16; não basta saber e repetir, isto é, nada vale o conhecimento apresentado em belo discurso se na prática rejeitamos em nosso coração a mesma palavra e a disciplina que requer de nós. Deus odeia a iniqüidade e o culto impuro. O verso 23 apresenta a recompensa dos cultuadores sinceros que glorificam a Deus com ações de graças; “Dar-lhe-ei que veja a salvação do Senhor”.
No verso 19 do salmo 68 o salmista nos apresenta ainda uma razão essencial para que prestemos a Deus Culto e Louvor; ”Ele leva o nosso fardo dia a dia”. A vida nos impõe fardos e aflições pesados demais para cada um de nós, fragilizados em nossa pobre condição humana. Somos atribulados pelos nossos erros, pelos nossos pecados e pelo ambiente iníquo em que vivemos. Nosso adversário, o diabo, está permanentemente ao nosso redor lançando setas envenenadas. Se não fora o Senhor ao nosso lado, seríamos tragados vivos. Nossos inimigos cavalgariam sobre nossas cabeças. Louvemos a Deus e prestemos-lhe Culto porque Ele leva nosso fardo dia a dia. A seguir o verso 20 completa; “Com Deus escaparemos da morte”. Deus não apenas nos sustenta na luta mas nos dá vida em Jesus Cristo e com Ele faremos proezas.
O salmo 81, versos 1, 2, 3 e 4 nos apresentam preceito e prescrição do Senhor para o Culto e o Louvor. Cantar, salmodiar, celebrar e tocar instrumentos. Tais expressões de culto não se destinam ao nosso próprio prazer estético ou para o extravasamento emocional, mas devem ser “Júbilo ao Senhor”. Se o nosso culto e louvor não atendem a essa prescrição, diz o verso 12, passamos a andar em teimosia de coração, segundo nosso próprio conselho e assim nos escaparão a proteção e as provisões de Deus.
Examinemos o salmo 108.1: O louvor que convêm ao nosso Deus, parte de um coração que está firme n’Ele. Quando depositamos toda a nossa confiança em Deus, quando o amamos de todo o nosso coração, quando nos humilhamos diante dele o louvor salta naturalmente dos nossos lábios, vindo da sinceridade do coração. Nessas condições, Cantamos e entoamos louvores com toda a alma. Esse louvor tem impacto no ambiente em que vivemos. De fato, o louvor do povo de Deus é um testemunho para os povos. Os povos, diante do nosso louvor, concordarão como fizeram em relação a Israel; de fato, grandes coisas fez o Senhor a estes.
Encerremos estas meditações com o salmo 132. O Senhor Jesus nos advertiu que devemos buscar, primeiro, o Reino de Deus e a sua justiça. Estas palavras encerram uma promessa para a qual nem sempre atentamos: Todas as demais coisas vos serão acrescentadas. Costumamos nos empenhar menos do que devíamos no serviço do Reino de Deus, alegando os cuidados com os compromissos diários. Eles são nossa prioridade. O problema não reside no cuidado com que nos dedicamos às tarefas profissionais ou domésticas ou aos estudos, mas em não incluí-los como um modo de servir a Deus e de glorificá-lo, pois tudo que fazemos deve ser feito como a Deus e não aos homens.
Os versos 3, 4 e 5 revelam a experiência do salmista Davi, quando muito se preocupava por causa da Arca de Deus para a qual não se fizera um local digno. Tomado por esse cuidado, o rei salmista diz: “Não entrarei na minha tenda, nem subirei ao meu leito, não dormirei, enquanto não achar lugar para o Senhor, uma morada para o Poderoso de Jacó”. O verso 7 nos informa o propósito que estava no coração de Davi; “Então entremos na sua morada e o adoremos”. Aprendemos na Palavra de Deus que somos Templo do Espírito Santo, pois Deus não habita em templos feitos por mãos de homens. Que pessoas nos convêm ser, como sendo habitação de Deus, senão adoradores sinceros de cujos corações se erguem culto, louvor e ações de graças?