Texto bíblico: João 2; Ef 5 e 6, l 3
Quando somos alcançados pela salvação em Cristo Jesus queremos demonstrar aos outros a transformação efetivada em nosso ser. Esta transformação é fruto do amor que recebemos por ser Jesus a fonte do amor. Nestas condições queremos servir a Cristo mais e mais e propagar as suas verdades.
Devemos lembrar que o ministério cristão é resultado de uma vida que ama, pois não podemos dissociar o serviço cristão do amor. O ministério cristão não deve ser exercido por obrigação ou apenas por dever, de tal forma que devemos expressar gestos de amor no trabalho em prol do evangelho.
Interessante destacar que o ministério cristão pode ser realizado fora da igreja. Um dos lugares em que precisamos exercer esse ministério é no lar. Isto porque o ministério a ser vivido para a igreja deve começar pelo exercício do ministério familiar. Devemos fazer da vida familiar também um ministério cristão. Se formos crentes em Cristo, o pontapé inicial da nossa jornada cristã deve começar dentro de casa.
Fica difícil realizarmos o ministério cristão na igreja e em casa não aplicarmos também os ensinos do Mestre. Tudo começa no recesso do lar. Na primeira epístola de Paulo à Timóteo, capítulo 3, vs. 05 lemos: “Pois, se alguém não sabe governar a sua própria família, como poderá cuidar da Igreja de Deus?”
Assim, no ministério cristão é importante que demonstremos autocontrole e maturidade espiritual. O lar é a prova mais confiável para aqueles que se propõem a exercer o ministério. O bom relacionamento familiar deve ser um prenúncio do ministério cristão que prestaremos à igreja.
O amor a Deus e ao próximo deve ser a base e o motivo para o ministério cristão. Para ser aceito por Deus e bênção para a igreja, o ministério cristão deve ser movido pelo amor.
Quando alguém trabalha na seara do Mestre movido não pelo amor, mas sim pelo egoísmo ou pela ganância, ao invés de edificar, ajudar e fortalecer as pessoas acaba machucando, destruindo, pisando.
Por exemplo, para entendermos a atitude de Jesus em lavar os pés dos discípulos precisamos primeiro, entender a dimensão de seu amor – sabendo que estava chegando a sua hora (de ir para cruz) ele amou os discípulos até o fim, – um amor perfeito, completo.
Para servirmos como Jesus serviu, temos que aprender amar como Jesus amou. O coração de Jesus estava cheio de amor. Não havia desgosto ou amargura, porém o amor permeava seu coração. A pior coisa que pode acontecer na igreja é quando servimos com o nosso coração cheio de ódio, amargura.
O serviço para que seja genuinamente cristão precisa começar com amor.
O amor é a essência da vida, é a causa de tudo, é a vida cristã. Deus amou o mundo de tal maneira que deu o seu filho unigênito (João 3:16). Não é possível pensar em vida cristã sem amor. Uma não existe sem a outra. O amor é a credencial dos discípulos de Cristo.
A ocasião em que mais nos parecemos com Deus, é quando amamos. “Conhecemos o amor nisto: que ele deu a sua vida por nós, e nós devemos dar a vida pelos irmãos” (1 João 3:16). Aquele que não ama não conhece a Deus, pois Deus é amor. Quem não ama a seu irmão está morto e não tem vida eterna. Sabemos que passamos da morte para a vida porque amamos os irmãos (1 João 4:7-8; 3:14).
Jesus foi o maior exemplo de amor. Se definitivamente o imitarmos, o curso da história será mudado. Eu e você fomos chamados para servir em amor. Este é o nosso destino e a razão da nossa existência para a glória de Deus!
Cristo é a razão da existência do amor de Deus derramado em nossos corações e que nos impulsiona a trabalhar, a fazer algo em prol de Deus e sua obra, de ajudar aos outros, pois é natural, é espiritual, que façamos algo para melhorar a vida de quem amamos, então, como somos representantes de Deus na terra, amamos a todos indistintamente, como Deus ama.
Deus fornece todas as ferramentas para nosso trabalho, é só nos colocarmos à sua disposição.
O amor entre irmãos é fundamental na vida de todo aquele que deseja participar do ministério cristão. Não devemos desprezar ninguém, pois caso contrário os propósitos de Deus estarão sendo contrariados.
Uma dificuldade em muitos servos é a falta de amor e estima pelas vidas. Que o nosso amor inclua a todos os homens, porque todas as vidas são preciosas para Deus.
Devo amar e valorizar toda alma humana, porque o preço pago na cruz para o resgate e salvação foi o mesmo para toda a humanidade.
O ministério cristão fincado no amor como alicerce deve caracterizar-se pelo que está descrito em 1Pedro 3.8 – “E, finalmente, sede todos de um mesmo sentimento, compassivos, amando os irmãos, entranhavelmente misericordiosos e afáveis”. Assim devemos ter um mesmo sentimento, isto é, buscar as mesmas metas; sermos compassivos, de tal forma que respondamos às necessidades dos outros; sermos amorosos, tratando uns aos outros como irmãos; sermos misericordiosos, sendo sensíveis e atenciosos; sermos afáveis, ou seja, estarmos dispostos a encorajar uns aos outros e a se regozijarem pelos sucessos daqueles que estão ao nosso redor.
O apóstolo Paulo nos ensina que o amor é o vínculo da perfeição. Nada supera a grandeza deste sentimento tão belo. Deus amou o mundo com um amor tão grande e profundo que deu à humanidade o que tinha de mais precioso: o seu Filho Jesus Cristo.
Se você quer conhecer o real significado do amor de Deus, então ofereça a Ele, integralmente, o que há de mais valioso em você, que é a sua própria vida. Negue-se a si mesmo. Tome cada dia a sua cruz e siga a Cristo, que nos ensinou a amar os inimigos e a fazer bem aos que nos aborrecem. Somente assim estaremos dando real significado ao amor no ministério cristão.
O amor cristão não consiste meramente em emoção; é uma qualidade da alma, mediante a qual o crente sente vontade de servir ao próximo. Ele leva a pessoa a considerar seus semelhantes sempre com benevolência, estima, respeito, justiça e compaixão. Este amor exemplificado por Cristo permeia todo o evangelho e é, em resumo, a essência do Cristianismo.