Saudamos todos com a graça e a paz do nosso Senhor Jesus Cristo.
Agora, nesta série de estudos sobre a oração, focalizaremos as suas formas de expressão.
A oração é a comunicação da nossa alma com Deus que pode se expressar de variadas formas.
As orações devem atender aos ensinos constantes da palavra de Deus, ensinada por Jesus e seus apóstolos. Devem também ser expressões autênticas dos sentimentos dos nossos corações subordinados à vontade de Deus. Não devem tomar a forma, padrão ou disposição determinada por autoridades eclesiásticas com uma única forma para todas as situações enfrentadas pelos homens.
As formas de orar não são estanques nem independentes. Na realidade se relacionam e interagem. Numa mesma oração encontramos as formas de súplica, ação de graça, contemplação, adoração, louvor, intercessão, conversação. A oração modelo ensinada por Jesus em Mt 6. 9-13 contem uma estrutura em que se observa a existência das seguintes formas de expressão: A invocação do Pai, o louvor a Deus e seu reino, a apresentação de nossas necessidades e o fecho com o reconhecimento e o louvor ao Senhor Deus.
No decorrer desses estudos vimos que as orações podem tomar variadas formas como orações amorosas e silenciosas ou como súplicas audíveis como um grito do coração.
A oração é a expressão da nossa vida pessoal para a pessoa de Deus. Contem o que pensamos e fala da atitude do nosso coração.
Como dissemos as formas de expressão na oração são inter-relacionadas. Na oração de submissão encontramos os elementos da adoração, do louvor e do arrependimento. Orar com submissão é nos conscientizarmos do nosso valor e lugar em relação ao Senhor Deus. É reconhecer a santidade de Deus e a nossa situação de pecadores. Devido a este reconhecimento nos humilhamos e buscamos fazer a Sua vontade. É reconhecermos o Seu amor por nós em Jesus Cristo como nosso único e suficiente salvador. É reconhecer o seu imensurável poder. Esses sentimentos e atitudes, que devem partir do nosso contrito coração, nos fazem lembrar trechos bíblicos. Quando falamos em nos humilhar, o apóstolo Pedro em 1Pe 5.6-7 ensina: “Humilhai-vos debaixo da potente mão de Deus para que Ele a seu tempo vos exalte. Lançai sobre ele toda a vossa ansiedade porque Ele tem cuidado de vós”. A oração de submissão é uma oração no Espírito “Mas vós, amados, edificando-vos a vós mesmos sobre a vossa santíssima fé, orando no Espírito Santo,”. Jd 1.20. Só aqueles que foram convencidos pelo Espírito Santo é que assim oram. “E, quando o Espírito Santo vier, convencerá o mundo do pecado, e da justiça e do juízo”. Jo 16.8.
Convencidos pelo Espírito Santo de todos os atributos de Deus e, orando Nele, o caminho natural é nosso coração dar graças ao Senhor Deus por todas as Suas benignidades. Lm 3.22. “As misericórdias do SENHOR são a causa de não sermos consumidos, porque as suas misericórdias não têm fim”. A oração de ação de graças se complementa com louvor e adoração. Essa oração é a nossa resposta à bondade de Deus. A espontaneidade também deve marcar esta forma de orar. Uma das nossas características como seres humanos é a ingratidão. Não deve ser assim com o crente.
Na Bíblia encontramos diversos trechos que falam em ação de graças. Como exemplo citamos o Sl 69.30 “Louvarei o nome de Deus com um cântico, e engrandecê-lo-ei com ação de graças.”. Sl 56.12 “Os teus votos estão sobre mim, ó Deus; eu te renderei ações de graças”. Is 12:1. “E DIRÁS naquele dia: Graças te dou, ó SENHOR, porque, ainda que te iraste contra mim, a tua ira se retirou, e tu me consolas”.
“Que darei eu ao Senhor por todos os benefícios que me tem feito?”. Sl 116.12. A oração de ação de graças nos faz refletir sobre o nosso relacionamento espiritual com Deus e a cumprir e renovar os nossos votos de serviço e adoração. Isto vemos ao ler a sequência dos versos do Sl 116.12-19. Deus é a fonte de tudo o que temos e somos. É Ele que nos concede todas as bênçãos materiais e espirituais de acordo com a Sua Graça.
A oração de arrependimento e confissão do Rei Davi no Salmo 51 é das mais conhecidas. Foi necessário que o profeta Natan fosse enviado por Deus para conscientizar Davi dos seus pecados. É no momento da nossa conversão, ao sermos convencidos dos nossos pecados pelo Espírito Santo que fazemos a nossa primeira oração de arrependimento, confissão e de fé em Jesus Cristo como nosso único e suficiente Salvador. É uma oração pessoal. Quiséramos nunca mais precisar repeti-la. Mais a nossa natureza pecaminosa provocará essa necessidade. Encontramos a oração de súplica de confissão e arrependimento feita de modo coletivo pelo Rei Salomão ao consagrar o templo de Jerusalém em 1Cr 6.39b. “Perdoa ao teu povo que houver pecado contra ti”. Este pedido coletivo não exclui a necessidade do pedido ou oração individual de confissão e arrependimento. Moisés já a havia feito em Dt 32.32 e o Senhor lhe respondeu: “Aquele que pecar contra mim, a este riscarei do meu livro”. Dt 32.33.
A oração de petição ou de súplica é aquela em que apresentamos as nossas necessidades e ou as de outras pessoas. A forma de oração mais comum é apresentarmos a Deus os nossos pedidos. Quando oramos pelos outros essa oração é chamada de intercessão. “Orai uns pelos outros para que sareis. A oração feita por um justo pode muito em seus efeitos”. Tg 5.16b. Nos casos de doentes que não podem se expressar ou de parentes ou amigos que não aceitam a palavra de Deus é indispensável que oremos por eles.
Oremos mesmo que não seja da melhor forma, sabendo que o Espírito Santo ora por nós. Rm 8.26.
Amém.